Quero compartilhar com vocês um destes textos, não deixe de lê-lo, vale a pena !!
Como ele mesmo se define em seu blog:" Reinaldo Azevedo, jornalista, escreve o que quer ainda que não queiram."
Um
aluno do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, apareceu em sala trajando
roupa de mulher. Não é gay, diz ele, mas parece que aproveitou para
tirar uma onda por causa de uma festa junina. Desentendeu-se com um
professor. Um colega, em solidariedade, foi à escola de saia no dia
seguinte. A direção do estabelecimento o teria convidado a voltar para a
casa. Que importância tem isso em si? Inferior a zero! O que isso tem a
ver com educação? Nada! O que tem a ver com cidadania? Nada também! Não
para a imprensa, que se transformou numa espécie de tribunal gay. Aí,
consta, outros rapazes marcaram para esta segunda um “saiaço”. E o caso
ganha ampla repercussão na imprensa — certamente vai parar nas rádios e
tomará as redes sociais.
O tom
persecutório das reportagens impressiona. Diretores da escola são
constrangidos a se explicar, acusados, acreditem!, de “discriminação de
gênero”. Os que se negam a falar são tratados como fujões, como pulhas.
Considera-se um absurdo, uma verdadeira violação da Declaração Universal
dos Direitos Humanos, que a instituição não veja com bons olhos rapazes
que se vestem de mulher. Nomes de professores e diretores são lançados
ao vento, expostos à demonização.
O
Bandeirantes é um dos mais tradicionais colégios de São Paulo, conhecido
pela excelência naquela que é sua tarefa principal: educar. Não há, é
certo, na Constituição nada que impeça um rapaz de usar uma saia. Mas as
instituições têm uma história, uma tradição, que se transformam em
regras de convivência, que se tornam, em suma, um decoro. Quando pais
escolhem uma escola para seus filhos, escolhem também um conjunto de
valores que, acreditam, aquela instituição encarna. Há certamente
estabelecimentos em que a ausência de qualquer padrão se afigura um bom
padrão. Até onde sei, não é o caso do Bandeirantes. Noto, pelas
reportagens, que os diretores estão um tanto surpresos e acuados. Deixam
claro que não houve nenhuma punição aos alunos. Aos repórteres, não
basta! Exigem um mea-culpa.
“Especialistas”
são convidados a fazer digressões sobre essa bobagem que é haver
distinção entre vestimenta masculina e feminina. No Estadão, opina sobre
o fato ocorrido no Bandeirantes até uma um rapaz que é apontado como
especializado em “saias para homem”. Qualquer pessoa razoável — e,
infelizmente, jornalistas são a cada diz menos razoáveis — sabe que a
base da educação eficiente é a norma. As transgressões e ultrapassagens
virtuosas têm de ser motivadas. Um bom caminho da desordem e da anomia é
ignorar os fundamentos, digamos, consuetudinários da convivência.
Imaginemo-nos cada um de nós com uma coleção de códigos legais debaixo
do braço até para dizer “Bom dia!”.
Essa
história do Bandeirantes é espantosa. O pior é que os militantes — não
estou me referindo aos alunos, que nem sabem direito o que estão
fazendo; embarcam na onda em tempos de redes sociais — certamente se
querem os libertários. Não são, não! Os diretores do Bandeirantes e ao
menos um professor estão sendo vítimas de uma patrulha fascistoide.
E olhem
que o tal PLC 122 não foi aprovado. Consta que um professor teria dito
ao primeiro aluno que aquela roupa não era coisa de festa junina, mas de
parada gay. O diretor-geral teria convidado o outro a voltar para casa
por causa da saia… O texto de Marta Suplicy estabelece no Artigo 5º:
Art. 5º
Recusar ou impedir o acesso de alguém a estabelecimento comercial de
qualquer natureza ou negar-lhe atendimento, motivado por preconceito de
sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
Pena — reclusão, de um a três anos.
Pena — reclusão, de um a três anos.
Que tal?
Parece que os alunos em questão não são gays, mas, sabem como é, naquele
dia, eles resolveram assumir outra “identidade de gênero”…
A direção
do Bandeirantes, surpreendida por essa patuscada infeliz, parece estar
meio intimidada, na defensiva, desacostumada a lidar com esse tipo de
coisa. Espero que retome o pulso e lembre aos pais e aos estudantes
quais são os fundamentos da escola, destacando, ademais, que os
descontentes são livres para escolher o caminho que os faz felizes.
Tempos sombrios.
Olá!Boa noite
ResponderExcluirCléu
é...tempos sombrios...
à mídia , sensacionalista, falta, por vezes, consciência e a integridade profissional como recursos contra os linchamentos midiáticos sejam eles perpetrados por quem quer que seja...
que necessitam de palavras de ordem para a sua pobre gangorra existencial: viver e bater, afirmar-se e malhar, existir e destruir...
Penso que o direito à protesto, passeatas, revindicações é válida,pois todo indivíduo, em especial o aluno, necessita de bases morais bem definidas, de forma que saiba como proceder ao se deparar com pequenos ou grandes problemas, questionando o que não lhe é aceito e nem aceite tudo o que lhe é colocado,mas o pior que está ficando algo muito banal e midiático.
E penso que o Colégio estava tendo a consciência de transmitir princípios para seus alunos, visto que esses serão norteadores de sua própria vida, inclusive colocando seu ponto de vista diante de uma determinada situação.
Obrigado pelo carinho da visita
Boa semana
Beijos
Nem sabia sobre esse fato, mas concordo plenamente com o Reinaldo. Aliás, quase sempre concordo com ele. Só discordei da defesa dele pela tal lei do "Nascituro". Mas nesse caso, ele tá certíssimo. Há regras em qualquer escola e em qualquer local. Ponto. Bjs e boa semana!
ResponderExcluira mídia hj em dia vive do sensacionalismo, adora fabricar um para alcançar índice de audiência. Em todos os lugares há regras e é em nossa casa que passamos a conhecer e obdecer uma. Aos alunos do Bandeirantes, q tal lutar por algo que traga benefícios a todos. Abçs.
ResponderExcluirOiii amiga bom estar de volta aqui, penso que para tudo tem limites, o combate a homofobia virou moda agora, ok, acho que todos tem direito de escolher o que querem ser qdo crescer mas há uma postura que deve ser respeitada e nesse caso me pareceu puro sensacionalismo desses alunos usando uma causa que sequer é deles já que nem gays são! Bjoosss
ResponderExcluirO melhor nessa situação é o diálogo franco das partes, sem artilharia, o que parece que não houve.Nem tanto ao mar, nem tanto á terra.bjs,
ResponderExcluirFosse na Escócia, não teria ocorrido esse 'auê'.
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