“A humildade não é apenas uma graça ou virtude como outras, ela é a raiz de todas, pois somente com humildade toma-se a atitude correta diante de Deus, e permite-se que Ele faça tudo”.
Quero compartilhar com você o texto " A conexão perdida", de Martha Medeiros. Incentivo-o(a) ! Leia!
Para se estressar, hoje,
não é preciso muito. Basta que a pessoa se hospede numa pousada que não
tenha wi-fi, ou que haja uma queda de energia que deixe seu computador
paralisado: que desespero ficar sem o Instagram, o Face, o Twitter, o
YouTube, o Google.
É chato, eu sei. Mas há uma conexão muito
mais séria que está sendo perdida sem que ninguém se importe: a conexão
entre causa e consequência, que exige apenas o bom funcionamento dos
fios que interligam os neurônios.
Quem viu as imagens do rojão
que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade durante um protesto no Rio
reparou que ele não estava cercado por muita gente, havia um clarão ao
seu redor, o que resultou num comentário paralelo à comoção geral:
alguns consideraram a tragédia um azarão. Não era para acertar ninguém,
foi uma fatalidade.
Que azar, o quê. Não foi azar de quem soltou
o artefato, nem azar de quem estava no caminho. Não houve azar ou
sorte. Houve, mais uma vez, a falta absoluta de conexão entre causa e
consequência, uma relação lógica que entrou em desuso.
Quem lida
com material explosivo no meio da rua (ou dentro de um estádio, como
aconteceu no ano passado num jogo do Corinthians, na Bolívia) tem que
estar ciente de que pode ferir e até matar outros. Quem dirige feito um
insano na estrada tem que ter noção de que pode provocar um acidente
fatal. Quem depreda um ônibus tem que lembrar que aquele é o mesmo
ônibus que o levaria ao emprego no dia seguinte.
Quem se
descontrola com gastos estapafúrdios tem que responder pela falta de
verba para o essencial. Quem pensa que está fazendo economia ao usar
material de baixa qualidade em obras de infraestrutura tem que
considerar que poderá haver danos, atrasos e acidentes de trabalho. Quem
se envolve com corrupção tem que saber que é um ladrão como qualquer
outro, não importa se usa gravata e tem curso superior.
Quem não
atende com eficiência vê sumir a freguesia. Quem solta boatos obstrui a
comunicação. Quem mente perde a credibilidade. Quem não investe não
avança. Quem só cultiva aliados em vez de amigos fica sozinho. Quem não
lê não pensa direito. Quem não pergunta tateia na ignorância. Quem mima
em vez de educar lega ao mundo seres prepotentes. Quem não entendeu que
gentileza gera gentileza acabará sentindo na pele que grosseria gera
grosseria.
Mas, em vez de manter conectada essa corrente óbvia
entre causa e consequência, o que vemos são políticos governando o hoje
como se não houvesse amanhã, manifestantes confundindo consciência com
delinquência, motoristas desrespeitando as leis para chegar antes,
homens e mulheres procurando resolver seus problemas com imediatismo,
sem levar em conta as necessidades e sentimentos dos outros.
Apagão é isso. Fonte: Jornal Zero Hora - 12/02/2014
" Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite."
As que falam e acariciam com um olhar,
que abrem os braços demonstrando que sentiram minha falta,
que fazem algo por mim
sem esperar algo em troca,
que escrevem com a alma
e ao lê-los tiram o meu fôlego
pela lindeza e profundidade de cada palavra.
As que captam através de suas máquinas
imagens que me emocionam e me inspiram,
que fazem um momento simples
ser inesquecível,
que se posicionam com sabedoria,
que por um amigo enfrentam os próprios medos.
Existem pessoas que me encantam,
emocionam-me e me fazem bem.
Hoje, ao voltar para casa
fiquei esperando o ônibus chegar,
sentei em um dos bancos da rodoviária
e fiquei observando as pessoas:
umas rápidas, outras calmas,
umas parecendo perdidas, outras contando seus problemas,
um casal brigando e outro mais ali se declarando,
uns parecendo que já estavam viajando,
de tão longe que estavam em seus pensamentos.
Tantas histórias em cada um,
tanta poesia em cada alma.