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“A humildade não é apenas uma graça ou virtude como outras, ela é a raiz de todas, pois somente com humildade toma-se a atitude correta diante de Deus, e permite-se que Ele faça tudo”.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Mantenha o teu caráter submisso. "


No mundo atual é difícil pessoas terem caráter, não serem levadas pela onda das facilidades.
___ Para que ser honesto se ninguém é?
___ Para que falar a verdade se todos mentem?
___ Para que dedicação se basta puxarmos o tapete de alguém e crescermos no que queremos?
___ Para quê? Para quê? Para quê?
Muitos não acreditam mais nas pessoas, cansaram de procurar quem seja confiável.Por isso é bom ler ou ouvir pessoas que nos mostram que as facilidades não valem a pena, que ter caráter é que dá frutos maduros,que ser honesto não é ser babaca e que ter fé significa sabedoria.
Asaph Borba, muitos se não o conhecem já cantaram e ainda cantam suas canções. Leiam a entrevista abaixo e tenham certeza que vale a pena buscar a cada dia que nosso caráter seja fortalecido na VERDADE.Leia a entrevista, não te arrependerás.

OZIEL ALVES: Era 1974, você tinha 15 anos, era hippie, usuário de drogas e, um pastor que verdadeiramente se preocupava com você, com atitudes a frente do seu tempo, lhe convida para tocar no culto, do jeito que você está, sem lhe impor nenhuma condição de santificação. Lindo, nobre, divino. Mas você indicaria este tipo de atitude para os pastores de hoje?

ASAPH BORBA: Eu acho que a gente deveria ter mecanismos pra assimilar pessoas. E, obviamente isso significa assimilar as pessoas como elas são. Claro, com os devidos cuidados, né? Tem que ser guiado por Deus para ter uma atitude destas. É preciso ter certeza da direção divina para pegar um drogado e entregar um violão pra ele tocar naquele mesmo dia no culto. Lembro de um livro do David Wilkerson onde ele conta o que fez com Nick Cruz – de uma outra forma, é claro - no dia em que ele foi fazer um grande evento lá no Brooklyn. E ele disse: “Hei, você, vem cá me ajudar com as ofertas”. Ele deu o gazofilácio pro Nick, um baita drogado, baita marginal... Imagina, recolhendo a oferta? Anos depois, o Nick Cruz conta que sua conversão começou quando ele passou por um lugar onde poderia
ter fugido com todo aquele dinheiro. A minha começou quando ele me convidou para trabalhar.

OZIEL ALVES: Como era o universo da música gospel na época que você começou?

ASAPH BORBA: Havia poucos nomes que se sobressaíam ou que tinham certa expressão no segmento. Tinham os nomes tradicionais como Vitorino Silva, Ozeias de Paula, Luiz de Carvalho... Enfim, estes nomes já aconteciam no Brasil. Mas a cena era muito pequena, muito limitada às igrejas. A música era basicamente tradicional.

OZIEL ALVES: Você ainda é anterior ao Adhemar de Campos?

ASAPH BORBA: Sim, eu comecei a produzir discos, uns três anos antes dele. O Adhemar se converteu no mesmo ano que eu, e começamos o ministério no mesmo ano também, em 1976. Só que eu gravei antes. Eu comecei a produzir e a gravar em 77, 78. Ele só em 81, 82.

OZIEL ALVES: Quem era a sua principal influência na época?

ASAPH BORBA: O principal nome que marcou a minha vida foi um cara chamado Volo, que era da ABU (Associação Bíblia Universitária) e ele tinha um disco que se chamava “A lua não pode e não poderá fazer” que era, absolutamente, inovador para a época. Eram músicas super jovens, mas cristãs. Foi a primeira música cristã que falou comigo, de fato. Depois, no final de 76, início de 77, eu conheci Vencedores por Cristo, com uma batida jovem, também, absolutamente inovador, que certamente, foi uma grande influência na minha vida.

OZIEL ALVES: Quando é que surge a ideia de compor cantos congregacionais? Houve influência norte-americana? Houve alguma pretensão de sua parte no sentido de criar algo que pudesse inovar o ritual de culto?

ASAPH BORBA: Não. Nasceu sem pretensão e sem qualquer influência americana, apesar do Don Stoll compor juntamente comigo. Nasceu como uma prática. Eu e o Don começamos juntos porque nós ministrávamos juntos, aqui na Igreja Metodista em Porto Alegre. Então, ele foi uma influência, somente neste sentindo.

OZIEL ALVES: Como você se sente com este título que é atribuído a você: PAI DO CANTO CONGREGACIONAL NO BRASIL?

ASAPH BORBA: Nenhum título entra no meu coração. Mas, se sou reconhecido como pai, é porque tenho algum tipo de paternidade. A única coisa que eu faço é honrar esta paternidade. Honro através do meu testemunho, da continuidade, do apoio a muitos irmãos e dos muitos filhos que tenho nesta área do louvor e adoração.

OZIEL ALVES: Qual a sua opinião sobre a cobrança de cachê?

ASAPH BORBA: Eu não sou a favor do cachê pré-determinado, porque não é um padrão bíblico. Mas eu creio que todo mundo que vive do ministério, tem que ser honrado.

OZIEL ALVES: Quando você recebe convites para ministrar, você negocia valores?

ASAPH BORBA: Eu não cobro cachê. Não negocio. Eu mando uma folha onde a pessoa tem que dizer a data do evento, o tipo de evento e em quanto esta disposta a abençoar o nosso ministério.


OZIEL ALVES: Há quase 14 anos, você decidiu investir em missões no Oriente Médio. Como surgiu o projeto Bridges of Love e por que a Jordânia foi o teu primeiro destino?

ASAPH BORBA: Tenho um bom inglês. Foi em função disso, que acabei participando de muitos projetos pelo mundo inteiro com a missão Portas Abertas em Cuba, Peru, Colômbia, Europa. Foi através destes irmãos que recebi oconvite para desenvolver um projeto de gravação e produção com os irmãos árabes. Eles queriam servir ao Senhor com um grupo de música, mas não sabiam como fazer aquilo. Eu disse: Vamos fazer uma produção. Cheguei lá, montei um estúdio, como eu faço sempre, em seguida começou a nascer uma bela equipe de louvor. Começamos a produzir, treinar, capacitar pessoas e acabamos fazendo grandes projetos. Daí surgiu a ideia de montarmos um estúdio. Arrumamos dinheiro e montamos o estúdio na própria igreja, lá na Jordânia. Eu não fico com nada, dôo tudo. Fiz isto em Cuba, fiz isto no Peru. No Peru eu só entrei com o treinamento técnico, uma entidade americana deu o estúdio. Mas em Cuba nós financiamos uma grande parte do estúdio.

OZIEL ALVES - E as tuas músicas já estão entrando lá, de alguma forma?

ASAPH BORBA: Sim, vagarosamente. Eu sempre valorizei o que as pessoas têm. Esta é uma outra tônica do nosso ministério. Nunca impus a minha música como um padrão que deve ser cantado ou tocado. Eu sou um simples exemplo do que as pessoas podem gerar e produzir. Eu valorizo o que as pessoas têm. Fiz isto com o Benê, com a Alda, com o Silvério, com o Márcio, com o Adhemar, o Cláudio Claro, David Quinlan... Todos estes irmãos foram irmãos que eu conheci nos primeiros passos, como Daniel de Souza, Davi Silva, Mike Shea. Todos estes irmãos são pessoas que me respeitam por este começo. Eu os vi em uma igreja, e valorizei o que eles tinham. E com uma grande parte destes irmãos, eu participei de alguma forma dos primeiros discos deles. Ludmila Ferber, Cirilo... Um grande grupo de pessoas. Estes são os irmãos que hoje me chamam de pai. É por causa disto. Porque eu os ajudei a dar um primeiro passo. Eu falei de uns dez, doze, mas tem quatrocentos; inclusive o disco de um deles está saindo daqui este mês. O Daniel de Souza era o meu baixista, por exemplo...

MCS: Como “pai” que conselho você dá a estes artistas, sobretudo com relação aos manjares que a fama pode oferecer?

ASAPH BORBA: Caráter! Mantenha o teu caráter submisso. Não perca a simplicidade. Você pode ter frutos... hoje eu tenho bons carros, uma estrutura que Deus tem nos dado, tenho sítio, tenho casa na praia, mas nada disso é a prioridade do meu ministério. Eu deixo tudo isto, por amor a Deus.

OZIEL ALVES: Ainda falando do seu trabalho no mundo Árabe (Istambul, Turquia) por exemplo, onde apenas 3% da população se intitula cristã. Trabalhar lá, lhe dá a sensação de recomeçar, já que no começo do seu ministério aqui no Brasil menos de 5% da população era evangélica?

ASAPH BORBA: Sempre! Um eterno recomeço! Não é um recomeço com gosto de derrota é uma continuidade. Uma conquista. Na Jordânia, não tinha adoração. Os irmãos se reuniam pra cantar dois, três hinos no culto, e a gente começou a ensiná-los a adorar...Eu tenho agenda pra todos os dias da minha vida se eu quiser e ainda sobram algumas centenas, mas dedico parte do meu tempo para, por exemplo, sentar com cinco irmãos no Oriente Médio e gerar a vida de Deus, gerar neles o compromisso, ensiná-los a adorar. Todas estas músicas eu ministro lá, em Árabe.

OZIEL ALVES: Em quais os países o seu projeto “Bridges of Love” está presente?

ASAPH BORBA: Síria, Jordânia, Líbano, Turquia, Emirados Árabes, Egito, Iraque, Palestina... já fizemos no Chipre, enfim...

OZIEL ALVES: Ser exemplo. Qual é o preço disso? Tem renúncia?

ASAPH BORBA: Preço? Fidelidade. Ser fiel em tudo. Não deixar nada com a marca da infidelidade. Não pagou a conta? Deu um cheque que voltou? A fidelidade é o preço do meu ministério. A pessoa fiel é fácil de ser seguida. O fiel é previsível. Por isto que as pessoas me acham exemplo de vida. Linearidade. Meu rastro pode ser seguido com facilidade. O que eu prego é fácil de entender. O que eu canto é fácil de reproduzir. Eu cedo minhas músicas pra todo mundo gravar. Hoje mesmo eu mandei duas autorizações. Quase toda a semana eu dou duas ou três autorizações. Cedo livremente para os irmãos. Então, isto deixa uma boa marca vida afora. Sobre a renúncia, eu não a vejo como a principal ênfase da minha vida. Minha esposa tem um nível de renúncia muito maior que o meu. Ela fica com os filhos... nós temos uma filha excepcional que ela que cuida. E... o ficar em casa gerindo, né... talvez, seja mais difícil...

OZIEL ALVES: Há grandes tentações na fama, Asaph?

ASAPH BORBA: Daí entra a fidelidade. Neste caso, quando você esta sozinho e renuncia um assédio, por exemplo, você não esta renunciando, você esta sendo fiel. Fiel a minha esposa, aos meus princípios, a uma igreja, a um testemunho de vida. Quando um líder de qualquer tamanho cai, sempre cai alguém junto. Se não atingir ninguém, atinge a família. O mecanismo que funciona muito bem pra isso, é aquele de estar submisso a outro ministério. Por exemplo, os meus pastores até hoje são meus pastores. A filha do pastor Erasmo, trabalha comigo há vinte anos. É importante ter pessoas ao seu lado que tenham acesso a sua vida, que possam te dizer: isto é um perigo. Eu já tive irmãos conhecidos do Brasil, que tinham saído de suas casas, largado suas esposas, e eu cheguei e disse: não faça isto! Peguei um avião com a minha esposa e fui para um grande escritório no Rio de Janeiro, e disse: “Não faça isto, Deus me trouxe aqui para restaurar sua família”. Liga pra sua esposa, agora. (Ele disse, ahh mas eu já saí de casa!) – Liga agora! Deus vai fazer uma obra em sua vida. E Deus fez. Está lá. Vida restaurada, casamento restaurado, acabaram de ter mais um filhinho. Quando uma pessoa para de ouvir os outros irmãos, aí começa a sua queda.

OZIEL ALVES: E quando um ministro dá um passo em falso, é possível se levantar e seguir caminhando, novamente?

ASAPH BORBA: Sim, mas se ele não restaurar sua família, dificilmente continuará seu ministério.

OZIEL ALVES: E se ele construir uma outra família?

ASAPH BORBA: Vai ser com o limite de quem construiu uma outra família. Ele vai perder uma porcentagem do seu público. Ele vai perder uma porcentagem de sua atuação, do seu testemunho, da sua autoridade espiritual. É uma pessoa que nunca mais terá plena autoridade espiritual.

OZIEL ALVES: Mas nem por isso ele estará para sempre errado?

ASAPH BORBA: Eu não vejo nenhum acerto, por qualquer razão, em destruir a sua família, ou deixar a sua família se destruir. Não há nenhuma realidade espiritual plausível, que diga que a pessoa acertou em deixar esta mulher para casar com outra. Não há fundamento bíblico pra fazer esta afirmação, mas eu sei que acidentes acontecem na vida das pessoas, e se elas não restaurarem tudo o que ficou para trás, elas vão ter que conviver com esta limitação.

OZIEL ALVES: Asaph é verdade que a música “Aos olhos do pai” da Ana Paula Valadão foi uma composição escrita em homenagem a sua filha?

ASAPH BORBA: Para Aurora... (Risos) É... Foi, isto mesmo! A Ana quando compôs este cântico, telefonou pra Aurora e deixou registrado que tinha feito uma música pra ela. Disse que ela era uma obra prima, e quando a Aurora fez 15 anos a Ana gravou um vídeo, dizendo a mesma coisa.

OZIEL ALVES: Sobre a cura da sua filha. É verdade que você não vai sossegar enquanto Deus não curar a sua filha?

ASAPH BORBA: Eu não vou parar de pedir! Enquanto a Aurora tiver um fôlego de vida, eu e a minha esposa vamos orar pela cura integral da Aurora. Deus não curou ontem, pode ser que cure hoje, ou amanhã... Não muda nada na
minha fé, na minha expectativa, na minha esperança. Nós cremos que a Aurora pode ser curada todos os dias, sim.


OZIEL ALVES: Qual é o problema dela, de fato?

ASAPH BORBA: Síndrome de Prader-ville. Uma síndrome bem conhecida, mas que dá muita obesidade, uma hipotonia e retardo mental muito grande.

OZIEL ALVES: Você conhece alguém no mundo que tenha sido curado desta síndrome?

ASAPH BORBA: Não.

OZIEL ALVES: E isto não abala a tua fé?

ASAPH BORBA: Não. Eu já vi gente ressuscitar. Eu já vi uma criança ressuscitar dentro do meu próprio carro. Um menino que morreu na beira da estrada, eu o coloquei no carro e levei para o hospital orando. E... ressuscitaram o menino no hospital. É o mesmo Deus... Eu não sei quantas variantes há em tudo isto, mas eu tenho aprendido Oziel, a no caso da Aurora, especificamente - pra ficar registrado - que o importante pra Deus não é a cura, é o processo. A Aurora é um processo, de muitos processos que Deus permite na vida de homens de Deus. Na vida de ministros. Na vida de pessoas. Cada pessoa tem alguma coisinha que Deus deixa.

OZIEL ALVES: E são nestes momento que você canta... “Sim eu sei Senhor que tu és soberano, tens os teus caminhos tens teus próprios planos...”

ASAPH BORBA: (Risos) Infinitamente mais...

OZIEL ALVES: O que há com sul Asaph? Você é o único nome na área da música que saiu daqui e ganhou fama e notoriedade. Por que só você?

ASAPH BORBA: Não sei. Talvez porque as igrejas não incentivam as pessoas a saírem daqui, não investem, não produzem. Poucas igrejas tem a visão de ter pessoas e liberar-las pro ministério. Todas as igrejas querem o ministro de louvor pra ficar lá. Eu não. Eu fui um homem constantemente, enviado. Se os pastores tiverem a visão de gerar pessoas para enviar, teremos mais pessoas.

OZIEL ALVES: Você já fez música para vender?

ASAPH BORBA: Não... fazer música é... É sempre um fruto. É o resultado de uma experiência de vida. Não faço música pra vender, mas eu sei que vou colocar em um disco e vai vender.

OZIEL ALVES: De todas as músicas que você compôs, qual a que mais te tocou?

ASAPH BORBA: Bah... “O Meu louvor é fruto” sem dúvida alguma... “Eu sei que foi pago um alto preço”... e de adoração... “Jesus em tua presença reunimo-nos aqui”. Esta música significa muito pro meu ministério. Ela que me jogou pra fora do Brasil, com muita força. E, claro a música “Jesus”, que é a minha música mais gravada, mais cantada em todos os países por onde o meu ministério já esteve. É a música que mais me gerou dinheiro, recursos e venda e tem apenas uma palavra: Jesus. O Benny Hinn usa ela, em suas cruzadas.

OZIEL ALVES: Asaph, a humildade só vem depois de muito elogio?

ASAPH BORBA: Não sei. Acho que o que gera a humildade não é o elogio, mas em nosso caso, é o caráter de Jesus. Talvez esta seja a chave desta entrevista. O que eu mais quero na vida de um homem é que seu caráter seja parecido com o de Jesus. É impossível uma pessoa que queira parecer com Jesus, não querer buscar a humilde. Humildade não é um resultado. É uma busca.

OZIEL ALVES: E, agora, daqui pra frente como será?

ASAPH BORBA: Quero mais 35 anos de ministério, no mínimo. Meu grande projeto esta só começando. Meu grande projeto é ganhar mais nações pro Reino de Deus.

Revista Música Cristã e Sonorização
Oziel Alves

Um comentário:

  1. oi querida tudo bem???

    tá lindo o seu blog...
    Como é bom servir a Deus não é mesmo??!!!
    só com Ele temos a certeza de um amor verdadeiro e eterno...

    estou começando o meu blog agora, mas tem textos e adorações ao nosso Senhor Jesus lindas lá...

    http://nataliamribeiro.blogspot.com/

    estou seguindo o seu...

    bjim

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