Quem sou eu

Minha foto
“A humildade não é apenas uma graça ou virtude como outras, ela é a raiz de todas, pois somente com humildade toma-se a atitude correta diante de Deus, e permite-se que Ele faça tudo”.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O país do :"Quem matou?"


Hoje a grande interrogação é:"Quem matou Norma?" Sempre quando os autores de telenovelas criam esta interrogação, o povo acompanha e vira um investigador. Quem matou? Possuem vários possíveis assassinos.
Este fato abafou outra pergunta:"Quem matou a juíza Patrícia Acioli?"
Ou "Quem matou o anônimo que foi encontrado?"
Somos peritos em nos acostumarmos com a injustiça e de acharmos que nada é com a gente.Se não sentirmos na pele ou se não for com um da nossa casa, só fica na interrogação mesmo.
Mas a Norma é ficção, dá para brincarmos de detetives, dá para nos darmos o luxo de ficarmos num grupo e discutirmos o provável assassino.
E os reais? O que acontece? Poderia ser um de nós.
Lendo o Jornal Zero Hora, aqui do Rio Grande do Sul, encontrei o texto de Luiz Fernando Oderich( Presidente da ONG Brasil Sem Grades) com o título: Quem Matou a juíza Patrícia Acioli?
Patrícia pelo menos é lembrada por alguns meses,pois a família e amigos fazem protestos e a mídia ainda acha que dá Ibope.Mas têm aqueles que nem foram lembrados.
Lê com atenção o texto do senhor Luiz Fernando Oderich.

"Quem matou a juíza Patrícia Acioli é uma pessoa gentil, bem-intencionada, politicamente correta, com os mais nobres propósitos de vida.É aquele tipo de pessoa que um dia achou que, no Brasil, os coitadinhos dos presos necessitavam um dia em sua homenagem. Lutaram por isso e conseguiram que se criasse o "Dia do Detento".
São aqueles que, levando as prerrogativas jurídicas às alturas, impedem que os bêbados soprem no bafômetro, são aqueles que fizeram essa legislação penal frouxa e aqueles que a querem afrouxar ainda mais.

O rei do Direito Penal brasileiro é o criminoso. Ele é tudo!A ele devem ser dadas todas as regalias. Visita íntima e progressão da pena, sem levar em conta a periculosidade do infrator, instituída pelo ministro Márcio Thomaz Bastos, salário mínimo de R$862 para ficar sem fazer nada. Castigá-los? Não!

Dane-se o trabalho da Polícia Civil e Militar. Lixe-se o Ministério Público. Interesse social? Isso não existe.A sociedade gera esses excluídos sociais, portanto tem de aguent´-los no peito. Familiares enlutados clamam por Justiça, mas isso é um luxo pequeno-burguês que não cabe. Onde pensam que estão?Num país civilizado?
Não podemos magoar e nem traumatizar o marginal. Portanto, se a "cana" prendeu, solte imediatamente. E como fica a situação do policial militar que cumpriu a lei?De quem arriscou a vida para realizar a prisão? Não importa!

Choramos, e devemos chorar mesmo, a morte dessa brava juíza, pois não nos comove mais a morte de policiais e agentes penitenciários. Esses não dão mais notícia, tristemente já viraram rotina.

A juíza, pelo interesse maior da sociedade,usava uma mão dura da lei para dar um fim à onda de impunidade. Lamentavelmente, a outra mão era obrigada a soltar presos,que,em qualquer outro lugar do mundo, apodreceriam para sempre na cadeia. Esses,por ódio e vingança, puxaram o gatilho.

À juíza Patrícia Acioli, o nosso respeito e a nossa homenagem em nome daqueles que querem um Brasil menos violento."

2 comentários:

  1. Olá, vim te dizer que....você é destaque no Toque e deixar um beijinho
    san

    ResponderExcluir
  2. Paz, obrigado pela visita. Seu blog é edificante. Um abraço deste blogueiro.
    NELTON.

    www.acruzenossa.blogspot.com
    www.revolucionaigreja.blogspot.com

    ResponderExcluir