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“A humildade não é apenas uma graça ou virtude como outras, ela é a raiz de todas, pois somente com humildade toma-se a atitude correta diante de Deus, e permite-se que Ele faça tudo”.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Com a palavra, Reinaldo Azevedo

Num tempo em que o que é limite é tido como prisão, num tempo em que tudo pode e que a imprensa a cada dia apresenta o que realmente interessa para que o povo continue ignorante, é difícil encontrar pessoas que realmente tenha um senso crítico e inteligência e que  fale o que deve ser dito. Alegrei-me e muitooooo por ter encontrado o jornalista Reinaldo Azevedo: textos que realmente nos fazem pensar e mostram a realidade, que não trata seus leitores como pessoas ignorantes e que podem ser facilmente enganadas.

Quero compartilhar com vocês um destes textos, não deixe de lê-lo, vale a pena !!

Como ele mesmo se define em seu blog:"  Reinaldo Azevedo, jornalista, escreve o que quer ainda que não queiram."

Um aluno do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, apareceu em sala trajando roupa de mulher. Não é gay, diz ele, mas parece que aproveitou para tirar uma onda por causa de uma festa junina. Desentendeu-se com um professor. Um colega, em solidariedade, foi à escola de saia no dia seguinte. A direção do estabelecimento o teria convidado a voltar para a casa. Que importância tem isso em si? Inferior a zero! O que isso tem a ver com educação? Nada! O que tem a ver com cidadania? Nada também! Não para a imprensa, que se transformou numa espécie de tribunal gay. Aí, consta, outros rapazes marcaram para esta segunda um “saiaço”. E o caso ganha ampla repercussão na imprensa — certamente vai parar nas rádios e tomará as redes sociais.
O tom persecutório das reportagens impressiona. Diretores da escola são constrangidos a se explicar, acusados, acreditem!, de “discriminação de gênero”. Os que se negam a falar são tratados como fujões, como pulhas. Considera-se um absurdo, uma verdadeira violação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que a instituição não veja com bons olhos rapazes que se vestem de mulher. Nomes de professores e diretores são lançados ao vento, expostos à demonização.
O Bandeirantes é um dos mais tradicionais colégios de São Paulo, conhecido pela excelência naquela que é sua tarefa principal: educar. Não há, é certo, na Constituição nada que impeça um rapaz de usar uma saia. Mas as instituições têm uma história, uma tradição, que se transformam em regras de convivência, que se tornam, em suma, um decoro. Quando pais escolhem uma escola para seus filhos, escolhem também um conjunto de valores que, acreditam, aquela instituição encarna. Há certamente estabelecimentos em que a ausência de qualquer padrão se afigura um bom padrão. Até onde sei, não é o caso do Bandeirantes. Noto, pelas reportagens, que os diretores estão um tanto surpresos e acuados. Deixam claro que não houve nenhuma punição aos alunos. Aos repórteres, não basta! Exigem um mea-culpa.
“Especialistas” são convidados a fazer digressões sobre essa bobagem que é haver distinção entre vestimenta masculina e feminina. No Estadão, opina sobre o fato ocorrido no Bandeirantes até uma um rapaz que é apontado como especializado em “saias para homem”. Qualquer pessoa razoável — e, infelizmente, jornalistas são a cada diz menos razoáveis — sabe que a base da educação eficiente é a norma. As transgressões e ultrapassagens virtuosas têm de ser motivadas. Um bom caminho da desordem e da anomia é ignorar os fundamentos, digamos, consuetudinários da convivência. Imaginemo-nos cada um de nós com uma coleção de códigos legais debaixo do braço até para dizer “Bom dia!”.
Essa história do Bandeirantes é espantosa. O pior é que os militantes — não estou me referindo aos alunos, que nem sabem direito o que estão fazendo; embarcam na onda em tempos de redes sociais — certamente se querem os libertários. Não são, não! Os diretores do Bandeirantes e ao menos um professor estão sendo vítimas de uma patrulha fascistoide.
E olhem que o tal PLC 122 não foi aprovado. Consta que um professor teria dito ao primeiro aluno que aquela roupa não era coisa de festa junina, mas de parada gay. O diretor-geral teria convidado o outro a voltar para casa por causa da saia… O texto de Marta Suplicy estabelece no Artigo 5º:
Art. 5º Recusar ou impedir o acesso de alguém a estabelecimento comercial de qualquer natureza ou negar-lhe atendimento, motivado por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
Pena — reclusão, de um a três anos.
Que tal? Parece que os alunos em questão não são gays, mas, sabem como é, naquele dia, eles resolveram assumir outra “identidade de gênero”…
A direção do Bandeirantes, surpreendida por essa patuscada infeliz, parece estar meio intimidada, na defensiva, desacostumada a lidar com esse tipo de coisa. Espero que retome o pulso e lembre aos pais e aos estudantes quais são os fundamentos da escola, destacando, ademais, que os descontentes são livres para escolher o caminho que os faz felizes. Tempos sombrios.
Por Reinaldo Azevedo

6 comentários:

  1. Olá!Boa noite
    Cléu
    é...tempos sombrios...
    à mídia , sensacionalista, falta, por vezes, consciência e a integridade profissional como recursos contra os linchamentos midiáticos sejam eles perpetrados por quem quer que seja...
    que necessitam de palavras de ordem para a sua pobre gangorra existencial: viver e bater, afirmar-se e malhar, existir e destruir...
    Penso que o direito à protesto, passeatas, revindicações é válida,pois todo indivíduo, em especial o aluno, necessita de bases morais bem definidas, de forma que saiba como proceder ao se deparar com pequenos ou grandes problemas, questionando o que não lhe é aceito e nem aceite tudo o que lhe é colocado,mas o pior que está ficando algo muito banal e midiático.
    E penso que o Colégio estava tendo a consciência de transmitir princípios para seus alunos, visto que esses serão norteadores de sua própria vida, inclusive colocando seu ponto de vista diante de uma determinada situação.
    Obrigado pelo carinho da visita
    Boa semana
    Beijos

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  2. Nem sabia sobre esse fato, mas concordo plenamente com o Reinaldo. Aliás, quase sempre concordo com ele. Só discordei da defesa dele pela tal lei do "Nascituro". Mas nesse caso, ele tá certíssimo. Há regras em qualquer escola e em qualquer local. Ponto. Bjs e boa semana!

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  3. a mídia hj em dia vive do sensacionalismo, adora fabricar um para alcançar índice de audiência. Em todos os lugares há regras e é em nossa casa que passamos a conhecer e obdecer uma. Aos alunos do Bandeirantes, q tal lutar por algo que traga benefícios a todos. Abçs.

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  4. Oiii amiga bom estar de volta aqui, penso que para tudo tem limites, o combate a homofobia virou moda agora, ok, acho que todos tem direito de escolher o que querem ser qdo crescer mas há uma postura que deve ser respeitada e nesse caso me pareceu puro sensacionalismo desses alunos usando uma causa que sequer é deles já que nem gays são! Bjoosss

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  5. O melhor nessa situação é o diálogo franco das partes, sem artilharia, o que parece que não houve.Nem tanto ao mar, nem tanto á terra.bjs,

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  6. Fosse na Escócia, não teria ocorrido esse 'auê'.

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