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“A humildade não é apenas uma graça ou virtude como outras, ela é a raiz de todas, pois somente com humildade toma-se a atitude correta diante de Deus, e permite-se que Ele faça tudo”.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cultuar é preciso!Mas, a quem ou o que cultuamos?


Responda a seguinte pergunta:
_ Qual a motivação que te leva ao culto? Cultuar a quem ou o quê?
O texto abaixo, de Tiago Lino,certamente nos ajudará a encontrar as respostas.

"Há tempos venho me perguntando sobre o porquê de algumas práticas em nossos cultos, e existe uma que ainda busco explicação. Eu não tenho o propósito de abordar o que pode ou o que não pode – pois isso é para nossas lideranças – mas o que deve ser feito e não o é! Muitas vezes discutimos o estilo de música, o padrão de roupa, a liturgia e o tempo que destinamos a cada atividade em nossos cultos, mas deixamos de lado o mais importante: temos atingido o propósito real de um Culto ao Senhor?

Longe de mim qualquer pretensão de ensinar o que é cultuar, mas quero me juntar a você que entende para Quem realmente devemos dar culto. Não quero ser chato, apenas compartilhar uma questão essencial à nossa comunhão com nossos irmãos e Deus.

No seu sentido mais simples, cultuar é prestar adoração (que não se resume a louvor), reverência. O sentido bíblico do termo Senhor, já incluído todas as suas significações que nos permite conhecê-lo apenas por seu nome, aponta para uma soberania sobre todos e tudo e destaca a sua, e somente sua, dignidade de receber culto.

No entanto, para a minha tristeza, não foi isso que presenciei em alguns lugares, e confesso já ter tido o desprivilegio de escutar, em uma pregação de 70 minutos, só duas menções ao nome de Jesus, sem nenhuma citação do que Ele faz; é claro que isso não está generalizado, mas mesmo que houvesse apenas um caso, ele deveria ser ponderado à luz da Bíblia, que diz que “dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente”.

Parece que algumas coisas estão suplantando a Adoração a Cristo. Nossas conquistas e experiências estão supervalorizadas, a tão buscada vingança e triunfo conhecida pelo “você será exaltado e seus inimigos verão” tem cadeira cativa nas preleções; enfim, tudo aquilo que diz respeito a nós apenas. Confesso que algumas vezes me senti no meio de humanistas, porque o único assunto era o homem, seus problemas e perspectivas.

Por que isso? Será que em nosso mundo globalizado e moderno a Palavra da Cruz deixou de ser o poder de Deus (1Co 1)? O culto deixou de ser uma reunião de salvos celebrando sua nova vida em Jesus e para Jesus? O discipulado de Cristo não é mais suficiente para nos tornar sal e luz? O pão que nos alimenta não é mais Cristo, mas sim as tendências do momento para o sucesso, prosperidade e a “exaltação”? Antes, no ofício sacerdotal, a ausência de um cordeiro para o sacrifício era profanação (Lv 16); e hoje, nós que fomos feitos reino de sacerdotes podemos fazer um culto desvinculado do “Cordeiro que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29)? Os valores do Reino que Cristo nos deixou estão defasados?

O que um culto sem Cristo no centro gera? Seria esse tipo de culto uma das causas de tantos “incoversos”, indecisos quanto sua identidade e com uma vida sem o poder de Deus? São perguntas que me faço. De uma coisa eu sei: verdadeiros adoradores adoram ao Pai, repito, ao Pai, em Espírito e em verdade e, independente de qualquer circunstância, eles têm sua vida alicerçada na Rocha e não são levados por rumores deste mundo; e a Bíblia me garante que são esses que Deus procura.

“Hoje tem culto”. Esse era o alerta que minha querida mãe, desde criancinha, me fazia em meio às minhas brincadeiras com amiguinhos para que eu não perdesse o horário. Desde então, comecei a entender a importância do culto a Deus na vida cristã e aprendi que nele, em comunhão com meus irmãos, nossa alma bebe da Fonte que nunca deixa de jorrar, saciando a sede que temos de Deus. Somos constrangidos pelo infinito amor do Senhor e nos rendemos em adoração e ações de graça, declarando Seu senhorio em nossas vidas.

Posicionamo-nos como criaturas que são para o Louvor da Glória do Criador. No nosso espírito, a certeza de que somos dele torna-se mais forte do que qualquer tempestade ou revés. Nas pregações, conheço Jesus e saio da congregação com a certeza de que, mais do que qualquer coisa, o que importa é ser parecido Ele.

Que esse tipo de culto seja novamente praticado onde não é mais; um verdadeiro Culto a Jesus.

Que o Senhor abra nossos olhos para contemplá-lo cada vez melhor, e continue levantando verdadeiros adoradores Brasil afora, que só saibam um único clamor, um único pedido: Maranata! Que o Corpo só suspire pelo seu Cabeça, antes, durante e depois dos cultos."

::Tiago Lino

tiagolino04@yahoo.com.br / www.tiagolinno.wordpress.com

Colaborador do portal Lagoinha.com

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